sábado, 11 de fevereiro de 2017

MUDANÇA DE REGIME NA GÂMBIA LEVA REBELDES DA CASAMANSA A QUERER DIALOGAR COM DAKAR



A resolução da crise na Casamansa, região no sul do Senegal e a norte da Guiné-Bissau, deverá passar pela “preparação do processo de negociações com o governo”, unificação do Movimento das Forças Democráticas da Casamansa (MFDC) e pela assinatura de um “acordo de paz definitivo e inclusivo”, concluíram responsáveis e combatentes do MFDC numa reunião em Mongone, principal base dos rebeldes do campo de Diakaye, a cerca de 60 quilómetros de Ziguinchor.

Na reunião, em que esteve presente o ministro e presidente do grupo de reflexão para a paz na Casamansa (GRPC), Robert Sagna, assim como vários Imames e populares, foi emitido um comunicado conjunto final, também assinado pelos combatentes do MFDC do campo de Diakaye, Paul Alokassne Bassène e uma ala da fação de Salif Sadio, destaca a importância da “unificação” das “diferentes bases do movimento” como preambulo para a negociações de paz.

Este encontro foi uma iniciativa de combatentes do MFDC do campo de Diakaye na designada Frente Norte. Todavia, a súbita disponibilidade desta fação do MFDC para negociar é uma consequência da saída de Yahia Jammeh da presidência da Gâmbia onde rebeldes beneficiavam de uma importante proteção e tinham instalado algumas bases.

Este encontro, e comunicado conjunto, também já foi qualificado como uma “manobra de diversão” de Robert Sagna, tendo em conta que nenhum dos chefes militares do MFDC esteve presente.

Mesmo assim, Robert Sagna pretende estabelecer contactos com César Atoute Badiane e Kompasse Diatta da frente sul do MFDC, na fronteira com a Guiné-Bissau.

Conosaba do Porto/© e-Global

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