quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

«ANP NEGA FARRR, CUMA SÓ CU ACORDO DE CONACRI» COMISSÃO PERMANENTE DO PARLAMENTO DA GUINÉ-BISSAU REJEITA PEDIDO DEBATE PROGRAMA DO UMARO SISSOCO


Bissau, 22 fev (Lusa) - A Comissão Permanente do Parlamento da Guiné-Bissau chumbou hoje o pedido do governo para um debate do seu plano de ação em sessão plenária do órgão, disse o porta-voz da comissão, Hélder Barros. 

Nove deputados do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) votaram contra o pedido, enquanto seis parlamentares do Partido da Renovação Social (PRS), votaram a favor do agendamento.

A Comissão Permanente é integrada por 15 parlamentares. 

Hélder Barros, deputado do PAIGC, disse no final da reunião da Comissão Permanente que o seu partido "não podia dar a sua anuência" para a discussão do programa "de um Governo ilegal e inconstitucional".

O vice-líder da bancada parlamentar do mesmo partido, Wasna Danfá, defendeu como única saída para o impasse a dissolução do Parlamento e marcação de eleições legislativas antecipadas.

Em nome dos deputados do PRS, Artur Sanhá considerou ser este um "dia triste", por o PAIGC ter impedido a discussão do programa do governo liderado por Umaro Sissoco Embaló. Sanhá defendeu que não compete à Comissão Permanente do Parlamento agendar ou não agendar aquela matéria, que disse ser de "interesse nacional".

O deputado do PRS propõe um "debate nacional sério" em busca de uma saída para a crise política que se vive na Guiné-Bissau.

O presidente do Parlamento guineense, Cipriano Cassamá, disse lamentar a rejeição do debate do programa do Governo que afirmou ser fruto da "persistência de desavenças" entre as duas principais bancadas no Parlamento, o PAIGC e o PRS.

Cipriano Cassamá disse ainda que, já na quinta-feira, vai solicitar uma audiência de trabalho ao chefe do Estado, José Mário Vaz, a quem vai levar uma proposta de solução para acabar com o impasse político.

Conosaba/Lusa

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