segunda-feira, 19 de setembro de 2016

PRESIDENTE DO PAIGC REAFIRMA EM BISSAU DISPONIBILIDADE PARA A RECONCILIAÇÃO INTERNA


O presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, reafirmou hoje a sua disponibilidade para a reconciliação interna, durante a celebração dos 60 anos daquela força política.


"Expressamos aqui, também evocando a Amílcar Cabral e os seus ensinamentos, a nossa disponibilidade para o diálogo inclusivo, a reconciliação e a coesão interna do partido", referiu.

Domingos Simões Pereira falava durante o ato central de comemoração do aniversário na sede do PAIGC em Bissau.

O discurso foi feito depois de o partido ver 15 dos seus deputados virarem costas e juntarem-se à oposição (PRS), conduzindo à formação de um novo Governo apoiado pelo Presidente da República.

No entanto, o novo executivo não conseguiu reunir o parlamento para aprovar o seu programa.

A crise já dura há um ano e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) decidiu intervir: este mês conseguiu que todos os intervenientes subscrevessem uma solução, em que se inclui a constituição de um novo governo.

"Não há nenhum mal que não possa ser corrigido, nenhum pecado que não possa ser perdoado, nem nenhum homem incapaz de se recuperar", referiu Simões Pereira no discurso de hoje.

"Estamos dispostos a todos os sacrifícios e concessões para resgatar o direito e a responsabilidade de construir a nação prometida pelos combatentes da liberdade da pátria", acrescentou.

O presidente do PAIGC acredita que "é chegado o momento de experimentarmos algo de novo, diferente".

Ainda assim, defende que o PAIGC deve ser reconhecido "como a formação política escolhida pelo povo para governar nesta legislatura".

"O PAIGC já provou que nenhuma corrupção ao sistema, nenhuma ameaça aos seus militantes ou à população em geral e nenhum tentativa de instauração da tirania o amedronta", concluiu.

Lusa/Conosaba

Sem comentários:

Enviar um comentário