A Polícia Judiciária (PJ) guineense registou maior número de apreensões de drogas em 2016, com um total, até o corrente mês, de 17 casos, comparativamente com 2014 em que foram registados, ao longo de todo ano, 9 casos, e em 2015 um total de 13 apreensões.
Estes dados foram confirmados à e-Global pelo Director Nacional Adjunto da PJ, Fernando Jorge, que considera que esta evolução deve-se à melhoria da eficácia dos seus agentes, e acrescentou que a maioria das pessoas detidas são guineenses e estudantes, maioritariamente provenientes do Brasil.
“Isto demonstra uma certa preocupação com aumento de tráfico de droga, por parte da PJ, contudo podemos afirmar que os nossos agentes também se encontram bem posicionados no terreno face a esta nova realidade, que envolve cidadãos nacionais que estudam no Brasil e que os traficantes contratam para transportes de drogas para Guiné-Bissau”, disse.
Sobres as apreensões, Fernandes Jorge anunciou mais casos de detenções semana passada, de mais de 700 gramas de cocaína. “Neste mês de agosto já registamos duas apreensões no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira com uma quantidade de perto de 1 quilo”, informou Jorge. Entre as 17 pessoas detidas, três são de nacionalidade nigeriana, uma de nacionalidade portuguesa, outra de nacionalidade namibiana e 12 cidadãos da Guiné-Bissau.
Na mesma ocasião, o Director Nacional Adjunto da PJ informou que a Brigada da Mulher e Criança da Polícia Judiciária deteve também entre 2014 e 2015 mais de nove “fanatecas” (mulheres que praticam excisão feminina) envolvidas nas nestas práticas em mais de umas dezenas das meninas na zona leste da Guiné-Bissau.
Os casos de abuso sexual, casamentos forçados, violências domésticas bem como os casos de raptos no país contam entre outros aspectos referenciados por este responsável.
Sumba Nansil
© e-Global/Conosaba
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