terça-feira, 23 de abril de 2024

«Lala quema-djá-dé, cau di sugundi catém» 23/04/2024 - Secretariado nacional do MADEM-G15 faz entrega de viatura à estrutura regional do partido em Gabú.


Familiares Amigos e conhecidos do falecido José da Silva (Pai), realizam a cerimónia tradicional (Toca chouro) em Canchungo na sua residência no Bairro de Reno

 

Expulsão de migrantes para o Ruanda: "a preocupação é salvaguardar os Direitos Humanos"

Primeiro-Ministro britânico Rishi Sunak, ontem dia 22 de Abril 2024 em Londres. REUTERS - Toby Melville

O Parlamento britânico aprovou ontem à noite o polémico projecto de lei que permite a expulsão para o Ruanda dos imigrantes clandestinos que chegam ao território do Reino Unido. O Ruanda deu conta da sua satisfação perante esta decisão. Já a ONU apelou o Reino Unido a "reconsiderar" o seu plano.

Qualificado de "histórico" pelo Primeiro-Ministro britânico Rishi Sunak, este projecto de lei que data da era Boris Johnson e esteve no centro de acesas polémicas, acabou por ser validado ontem à noite pelos parlamentares britânicos. Isto apesar das fortes reservas emitidas por ONGs de defesa dos Direitos Humanos durante largos meses e apesar também do próprio Supremo Tribunal de Justiça Britânico ter chumbado a aplicação deste dispositivo no ano passado.

Considerado a pedra angular da campanha dos conservadores para as legislativas ainda este ano, este dispositivo poderia ser aplicado "nas próximas 10 a 12 semanas" segundo o governo britânico.

Relançado no final do ano passado quando se julgava que tinha sido enterrado, este projecto suscita também expectativa do lado do governo ruandês que deu conta da sua "satisfação". Em virtude do acordo rubricado e renegociado em Dezembro 2023 com Londres, o Ruanda é considerado em "país seguro" para acolher migrantes e dá garantias de que não expulsará para outro país as pessoas transferidas no âmbito desta parceria. Em contrapartida Kigali recebe um envelope de 120 milhões de Libras, ou seja 145 milhões de Euros.

Este plano não deixa todavia de continuar a suscitar uma forte rejeição, nomeadamente por parte da ONU que apelou o Reino Unido a "reconsiderar" os seus planos. No mesmo sentido e numa altura em que o seu país bem como Cabo Verde acabam de desmentir terem sido abordados para igualmente acolher migrantes expulsos pelo Reino Unido, Osvaldo Mboco, especialista angolano em Relações Internacionais ligado à Universidade Técnica de Angola, também se mostra preocupado perante as consequências deste dispositivo.

"A preocupação vai na direcção de salvaguardar os Direitos Humanos desses imigrantes. Claramente, o Reino Unido, como qualquer Estado, tem o direito de deportar todos os imigrantes que entram de forma ilegal no seu próprio Estado. Mas temos que aqui também sublinhar que existe o aspecto que tem muito a ver com os requerentes de asilo ou os refugiados. Estes têm um tratamento especial à luz daquilo que é a Convenção de Genebra de 1951, que define o estatuto de refugiados", sublinha o universitário segundo o qual se "abre aqui um grande precedente do ponto de vista prático de outros Estados a nível da Europa Ocidental, também andando na mesma direcção".

Osvaldo Mboco também alerta sobre o risco de "existir no futuro alguma situação de conflitualidade entre esses imigrantes que vão ser deportados agora para o Ruanda e o povo ruandês, porque nós não podemos olhar essa medida simplesmente a curto prazo, mas temos que olhar daqui a médio e longo prazo. Ou seja, muitos dos filhos desses imigrantes que nascerem no Ruanda poderão ser considerados ruandeses com fundamento da própria lei e da aquisição de nacionalidade. Isto no futuro pode trazer alguma conflitualidade do ponto de vista de concorrer a cargos públicos com algum significado. O Ruanda também deveria levar em linha de atenção este aspecto e não simplesmente olhar para aquilo que será a construção de projectos e infra-estruturas que, do ponto de vista prático, visam acomodar estes refugiados e também melhorar as condições de vida dos próprios ruandeses".

Referindo-se à reacção da comunidade internacional, o analista recorda que "as Nações Unidas já fizeram sair uma posição relativamente a isto, que é da necessidade de se repensar a forma como está a ser tratado este assunto", mas considera que "o Parlamento Europeu também deveria trazer ao de cima aquilo que é a sua visão a nível das responsabilidades que o Reino Unido tem a nível da Europa".

O professor de relações internacionais remata ainda dizendo olhar "com uma grande preocupação" esta situação que na sua óptica traduz "a necessidade de os Estados africanos continuarem a trabalhar para melhorar as condições sociais, as infra-estruturas de desenvolvimento, para que muitos imigrantes que estão nessa lista (e que) são maioritariamente africanos, não recorram a países como o Reino Unido ou outros países da Europa".

Igualmente alarmadas perante a perspectiva da aplicação deste dispositivo, ONGs de defesa dos Direitos Humanos deram conta da sua indignação, designadamente a delegação da Amnistia Internacional no Reino Unido para a qual isto é uma "vergonha nacional" que vai "manchar a reputação do país".

Refira-se que apesar da gestão dos fluxos migratórios ter sido um dos motivos invocados pelos apoiantes do Brexit para o Reino Unido sair da União Europeia, os migrantes continuam a tentar afluir para aquele país. De acordo com dados oficiais, 215.500 pedidos de asilo ainda aguardavam uma resposta em Junho de 2023, um recorde desde a compilação das estatísticas sobre a matéria 2011 naquele país. Só no ano passado, o Reino Unido registou mais de 67.000 pedidos de asilo, sendo que entre Julho de 2022 e Junho de 2023, 41% dos pedidos provinham de migrantes que atravessaram a Mancha em canoas improvisadas.

Por: Liliana Henriques
Conosaba/rfi.fr/pt

JOVENS EM DEBATE SOBRE POTENCIALIDADES AGRÍCOLAS NA GUINÉ-BISSAU

O Secretário de Estado da Juventude considera que a soberania alimentar deve ser a primeira opção de qualquer governo, que é para uma nova independência do país.

Garcia Bifa Bideta, falando durante o ato da sessão de debate sobre “Potencialidades Agrícolas na Guiné-Bissau” através do projeto para a “Melhoria da Competitividade da Cadeia de Valor da Manga na Guiné-Bissau: produção, processamento local e apoio à exportação.

Bifa Bideta, disse que precisa consumir a produção local e segundo ele não há soberania plena, enquanto não houver soberania alimentar.

“ Intensificando e valorizar a produção agrícola, porque precisamos de consumir o que produzimos e por outras palavras não há soberania plena enquanto não houver a soberania alimentar, a soberania alimentar deve ser a primeira opção de qualquer governo da Guiné-Bissau, que é para uma nova independência do país, com vista a estancar a situação de insegurança alimentar, portanto o Ministério da Cultura e Juventude e Desporto está com muita determinação, no sentido de reforçar as redes juvenis e apresentar os parceiros tradicionais de desenvolvimento o seu projeto o seu plano nacional de juventude no sentido de reforçar aquilo que tem estado sido atividade de dia-a-dia de jovem a nível de estrutura e não só na capital mais estrutura juvenis na região”

O Coordenador do WACOMP-GB, Nelson Lopes, a juventude está a enfrentar problemas sérios de emprego é preciso buscar alternativas.

“A juventude está a enfrentar problema sério de emprego é preciso buscar alternativa, e alternativa pode ser realmente empreender na área agrícola, razão pelo qual a WACOMP-GB decide associar para poder fazer conhecer a potencialidade agrícola que a Guiné-Bissau tem e qual é a oportunidade que jovens têm para empreender nesta área”

O encontro de conversa e trabalho com jovens empreendedores, empresários e estudantes, visa divulgar e informar sobre as potencialidades que o país oferece para a prática agrícola e ecossistema empreendedor.

Por: Bíbia Mariza Pereira/radiosolmansi com Conosaba do Porto

CHEFE DE ESTADO DIZ TER “NA LINHA DE PREOCUPAÇÃO” A SITUAÇÃO DE SUBIDA DO PREÇO DO ARROZ


O chefe de Estado promete usar a sua magistratura de influência para que o povo guineense saiba o que está a acontecer, contudo diz não ser comerciante de arroz.

O chefe de Estado falava, hoje, em Bissau, à margem do 11 fórum regional, Costeiro e Marinho, que decorre em Bissau sob o lema “conservação, resiliência e desenvolvimento sustentável do litoral da África Ocidental face às alterações climáticas".

Umaro Sissoco Embaló disse ainda que é responsabilizado por muitos males que acontecem no país e diz ter a noção de que ele é chamado de ditador.

“Eu não vendo e nem trato do arroz. (…) O presidente é um árbitro e é só na Guiné-Bissau que quando faltar a luz é o presidente e quando o presidente agir é porque é ditador, responsabilizar-me por tudo mesmo por coisas que eu não sei. Quando eu agir, são vocês mesmos que dizem que sou um ditador”, sustenta.

O presidente da República informa ainda que o antigo governo, expulsado por ele, enganou o povo guineense e voltou a informar que o caso dos 6 bilhões de francos cfa assim como de resgate serão julgados.

“Todos os governos que eu expulsei é porque fizeram o banditismo”, afirma Embaló que igualmente enfatiza que ninguém está acima da justiça.

Recorda-se que ainda continuam a ser aguardadas as datas para o julgamento do caso dos 6 bilhões de francos cfa que motivou até agora a prisão dos antigos governantes do governo liderado por Geraldo Martins. Os familiares dos acusados assim como a Liga Guineense dos Direitos Humanos exigem a soltura imediata dos envolvidos para que possam aguardar os processos legais em liberdade.

Por: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto

«PRS PORTUGAL EM AÇÃO» Hoje ( 21.04.2024), O digníssimo Deputado da Nação e Vice-líder da bancada parlamentar do PRS, Dr. SIGÁ BATISTA, reuniu com a estrutura política do PRS em Portugal.

 


Escritor guineense fala da importância do livro, no âmbito da comemoração do Dia Mundial do Livro e Direitos Autorais, que se celebra no dia 23 de Abril.